Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2011
Autarquia Lagoense apoia edição em livro sobre a Pesca do Bacalhau.

 

«A Câmara Municipal de Lagoa apoiou a edição do livro “Pesca do Bacalhau - Diário de Bordo de João Carlos Caetano - De S. Miguel à Gronelândia - Ano de 1952”.

Co-financiado pelo Programa Prorural - Eixo 3, este é livro será (foi) lançado no próximo dia 17 de Junho a partir das 20h00, no Salão Nobre do Edifício da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Rosário, e insere-se na edição deste ano das Festas de São Pedro Gonçalves.

Trata-se de um relato em livro da primeira viagem aos Bancos da Terra Nova e Gronelândia de João Carlos Caetano realizada no ano de 1952 a bordo do navio “Oliveirense”. Na altura João Carlos Caetano era moço de convés deste navio e relatou, por escrito, os principais acontecimentos que marcaram esta sua viagem na aventura da pesca do bacalhau.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, João Ponte, este livro constitui um tesouro cultural para o povo lagoense, porque possibilita um “vislumbre sobre a vida difícil e arriscada, as funções e os pensamentos de um moço, que mais tarde torna-se pescador, e que foi capaz de registar os instantes vividos e sentidos por pescadores, aquando da sua viagem por mar desconhecido em busca do sustento para a sua família”.

Cinquenta e oito anos depois, este é um registo que se assume como um importante documento histórico, que através do seu relato, permitirá à comunidade lagoense ter um conhecimento mais profundo da árdua vida dos pescadores que se dedicavam à pesca de bacalhau.

Com a publicação deste livro, a Câmara Municipal de Lagoa procura deixar um legado e, neste caso concreto, um testemunho vivo de dedicação, coragem e trabalho no exercício de uma actividade que, outrora, era certamente mais difícil; um exemplo vivo às gerações vindouras e uma homenagem a todos aqueles que se dedicaram à actividade piscatória, sacrificando, muitas vezes, as suas vidas.

Deste modo, a publicação deste livro “ Pesca do Bacalhau: Diário de João Carlos Caetano – De São Miguel à Gronelândia – Ano de 1952”, não é mais do que uma merecida homenagem, que recorda a bravura de todos os pescadores já falecidos e desaparecidos no mar, ao mesmo tempo que, enaltece o trabalho daqueles que exerceram, e exercem, com dedicação, honestidade e orgulho esta actividade que é tradição no Concelho de Lagoa.

Paralelamente à edição deste livro, a Câmara Municipal de Lagoa irá atribuir um Voto de Louvor a João Carlos Caetano pela sua reconhecida dedicação à actividade piscatória, principalmente no que diz respeito à pesca do bacalhau, que exerceu ao longo de muitos anos, sendo, por isso, um testemunho para as novas gerações, através desta actividade profissional desempenhada numa altura marcada pelas dificuldades e más condições no que concerne aos meios técnicos existentes para desempenhar esta actividade.

Recorde-se que João Carlos Caetano iniciou a sua profissão enquanto pescador. No que se relaciona à sua actividade no âmbito da pesca do bacalhau terminou a mesma em 1967, dedicando-se posteriormente à pesca artesanal no Porto dos Carneiros, no Concelho de Lagoa. Foi proprietário da embarcação “Pérola da Lagoa” e em 1972, trabalhou na Casa dos Pescadores e, posteriormente, na Lotaçor até 1984, ano em que se deslocou para a América regressando a S. Miguel em 1996.»

 

via Câmara Municipal de Lagoa - Açores

 

Procura-se obra e tributo semelhante aos pescadores bacalhoeiros das Caxinas e Poça da Barca. Uma vez que me encontro a 3.500 km de distância, poderá já ter ocorrido e não me dei conta... .



publicado por cachinare às 08:25
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De Anónimo a 31 de Janeiro de 2011 às 12:40
Embora tivesse lido este texto como se estivesse a referir a Lagoa - Algarve, acabei por descobrir que
se tratava de Lagoa - Açores.
Congratulo-me com o aparecimento, aqui e além, de tais obras, sobretudo quando vindas de quem por aquelas andanças tanto pescou, lutou e penou.
Quanto à nota final, referente ao «tributo semelhante dos pescadores das Caxinas e Poça da Barca», veja-se o quanto teve que lutar o insigne Caxineiro Sr. José
Vilacova, para levar àvante a publicação do seu livro
sobre as Caxinas e sua gente.
O homem teve de correr Séca e Méca, para largos meses depois, finalmente saír aquela edição, cuja impressão, mormente da parte fotográfica, muito deixou a desejar.
Tal como li ainda à bocado,
Isto só funciona para quem for seu apaniguado...
Portanto: aqui fica o recado dado.

Albino Gomes


De Anónimo a 31 de Janeiro de 2011 às 17:47
Correcção:
onde se lê: À bocado,
deve-se ler: HÁ bocado

Al bino


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