Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011
O cais do Ginjal-Cacilhas.
O cais do Ginjal, na margem Sul do Tejo era um dos locais frequentados por vários navios bacalhoeiros antes da partida para a Terra Nova e Gronelândia, por alturas de Abril para os da pesca à linha e duas vezes por ano em Fevereiro e Agosto para os arrastões. Depois da habitual Benção dos navios em Belém, dirigiam-se ao Ginjal ou à Banática no Monte da Caparica para abastecerem por exemplo de isco ou gelo. A afluência de familiares dos pescadores que partiam era bastante grande, com pessoas vindas um pouco de vários pontos da costa Portuguesa para a despedida, segundo alguns jornais da época, muitas delas nos seus trajes tradicionais das comunidades piscatórias. Era também motivo de orgulho para muitos a partida para a Grande Faina e por tal vinham nos seus melhores trajes.
Na memória ficam navios como o “Sam Tiago”, “Elisabeth” e “Gronelândia” da pesca à linha ou os arrastões “Álvaro Martins Homem”, “Pedro de Barcelos” ou “David Melgueiro”, atracados habitualmente nestes locais e bem conhecidos da população.
Hoje o Ginjal mostra a degradação das muitas empresas navais que lá funcionaram, tal como fábricas de conservas de peixe, abastecimento de gelo e armazéns de isco, cuja memória se vai apagando.
É apenas mais um exemplo dos muitos da degradação de locais que outrora estavam cheios de cor e vida. Sinais dos tempos, o fim do bacalhau da Terra Nova e “falta de dinheiro” (ou capacidade cultural) de autarcas para revitalizar sábiamente locais cheios de história e simbolismo.
A foto é da autoria de Guilherme Cardoso – Blog o-pharol.


publicado por cachinare às 08:21
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