22 de Setembro de 2010, Quarta-feira
Pregar a cinta
A manhã foi totalmente dedicada à colocação das cintas. A primeira operação, realizada entre duas pessoa, foi a colocação temporária da cinta, da proa para a ré. A tábua tinha cerca de 50cm a mais. Quando foi encontrada a posição correcta à proa cortou-se a cinta à medida e pregou-se a cinta à roda de proa; foi então estroncada contra os braços da embarcação.
Seguiram-se idênticos trabalhos para a cinta contrária do mesmo lado.
Seguiram-se largos momentos de consideração e avaliação visual. Benjamim Moreira decidiu então subir a cinta do lado da proa cerca de 5 cm e pregá-la permanentemente de um lado e do outro. Todas as operações foram executadas manualmente Depois seguiram-se operações similares à ré até que a cinta foi fixada permanente ao cadaste de ré. Antes destas operações tinha-se subido o alefriz à proa e à ré de ambos os lados. Também se executaram várias operações, a frio e com água quente, à ré, para dar a forma correcta à cinta. Depois levantou-se a cinta ao longo de toda a embarcação, escorando-se e amarrando-se cinta a cinta á proa, a meio e a ré e apontou-se provisoriamente com pregos.
No geral as operações realizadas não foram muitas nem diversas, mas usou-se bastante tempo para aferir resultados e tomar cada decisão final. As tábuas para a cinta tinham sido serradas com 13 mm e o falho da tábua colocado para o lado de dentro da embarcação, "seguindo a natureza". Benjamim Moreira diz que ao usar a madeira nesta direcção a cinta corre menos riscos de rachar. (por outras palavras poder-se-ia dizer com o cerne da árvore para fora). Também fez notar que quando se risca a cinta o traço é descendente da caverna de ré para cadaste e da caverna de 6 de proa para a roda de proa. No entanto depois de ir ao lugar, "com a evolução", fica um alinhamento perfeito com a área da embarcação.De tarde cortaram-se duas longarinas que se pregaram no embrace da cada caverna com o braço. Com a ajuda de um compasso posicionaram-se os braços. E pregaram-se as cavernas às longarinas. O trabalho terminou mais cedo porque o mestre foi assistir a um funeral.
Expressões ouvidas durante o dia:
Cerne – Mestre Benjamim Moreira distingue entre cerne e coração de uma árvore. Cada árvore tem um coração, ao meio. Se o coração não estiver podre pode então falar-se de cerne.
Não paga a pena – Expressão usada por vezes por Benjamim Moreira indicando que certa operação não se justifica ou não vale o trabalho que origina.
Já não tem lombas – expressão usada por Benjamim Moreira quando se deu por satisfeito com a forma que a cinta ganhou depois de toda levantada e escorada.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
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