Quinta-feira, 17 de Abril de 2008
O resultado do isco.
O reverso da medalha quando se fala sobre isco é o resultado do seu uso e cá ficam alguns dos peixes sobre os quais várias vezes escrevo. Sobre alguns dos iscos utilizados para a pesca no Atlântico Norte dos quais falei anteriormente, o produto a que os Portugueses especificavam a sua pesca era o bacalhau, no entanto outros tipos de peixe mordiam de vez em quando, como o alabote, autêntica solha gigante que por vezes atingia mais de 2 metros de comprimento e continuo a admirar-me quando vejo fotos da sua pesca. Escunas Americanas e Canadianas dedicavam-se à sua pesca em dóris, por incrível que possa parecer e o alabote é na verdade um predador do bacalhau. O eglefim (haddock em Inglês), parecido com o bacalhau também abunda no Atlântico Norte e faz-me lembrar que muitas vezes o suposto bacalhau do Atlântico à venda no mercado ao pé da porta, não é exactamente o bacalhau que julgamos ser, pois são vários os seus semelhantes, mas como nem todo o freguês sabe distinguir, lá se compra “gato por lebre” e o negócio vai rendendo.

Por fim o espadarte, bem conhecido entre nós e que costumava abundar (não hoje em dia) também no Atlântico Oeste, o qual era apanhado de forma específica por algumas escunas, por vezes ao arpão. A riqueza em peixe das costas Leste dos E.U.A., Terra Nova, Labrador e Gronelândia Oeste é evidente em muito do que já tenho escrito e traduzido sobre escunas, artes de pesca sasonais e comunidades piscatórias. Da nossa parte em Portugal, sempre foi o bacalhau o Rei preferido da nossa frota de pesca e a rica variedade restante era mais tradição dos pescadores do outro lado do horizonte.


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publicado por cachinare às 09:49
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