Uma ruela na comunidade piscatória de Newlyn, na Cornualha, a ponta sudoeste de Inglaterra. O nome significa na língua local “baía da frota de barcos” e da vida com os barcos se desenvolveu. É pena não ser a cores, para ver a cor do barco estacionado em frente à porta.
Tanto o pescador como o barco olham o mar de frente e um não existe sem o outro. A questão é perceber se o barco não passa de um objecto de trabalho, ou é o centro à volta do qual gira um pescador. Uma questão de filosofia, talvez, mas toda aquela amálgama de madeiras bem trabalhadas e unidas teve longa vida antes de ser cortada. É algo a meu ver que traz um contacto diferente com o mar, pois um barco em ferro... fibra... plástico, não tem os veios nem os nós da madeira para percorrer com os olhos, para conhecer como as rugas das mãos.
Familiar ainda a muita gente já de idade, estas mulheres despedem-se dos homens que partem para mais uma campanha de 6 meses ao bacalhau, na Terranova e Gronelândia. O navio-motor desce a foz do Tejo em direcção ao mar, após as tradicionais cerimónias da Benção da frota em Belém. Várias vezes leio que esta cerimónia era mais uma onda de propaganda e aproveitamento por parte do Estado Novo, com o qual não concordo de todo. Várias comunidades de pescadores sempre benzeram as suas frotas, mesmo por exemplo emigrantes portugueses nas costas da Nova Inglaterra, E.U.A., em Gloucester, New Bedford ou Provincetown. Essas comunidades não estavam sob a alçada do Estado Novo. Além disso, até numa cerimónia de um simples bota-abaixo de um barco novo, se procedia à benção do mesmo e obedecia-se a regras habituais. A religiosidade e superstição das gentes do mar nunca foi incutida ou forçada por ninguém. É apenas natural e óbvia para quem vai ao mar e não sabe se volta, algo que a maioria não entende.
Esta belíssima foto de Julho de 1913, mostra o pescador William Helgeson a zagaiar bacalhau em Pirate Cove, Popof Island, no Alaska. Ele foi um dos muitos emigrantes escandinavos que se fixaram na costa Oeste dos E.U.A., vários deles trabalhando na pesca do bacalhau. Dá a sensação que está a pescar no rio... ou não fosse este oceano “Pacífico”.
Triste ou belo? É a questão de difícil resposta sobre estes exemplos do engenho do homem, os barcos e navios. Como várias pessoas mencionam, estas construções adquirem no imaginário de muitos vida própria a partir do dia em que descem à água, já que também se movimentam num meio sempre imprevisível e vivo. Desse modo, ver um pequeno barco ou um enorme navio encalhado na praia dá a simples imagem de um ser marinho que foi atirado para a praia por infortúnio ou velhice. Muitos passaram anos na praia até se desfazerem e eram presença familiar no horizonte da comunidade, de gente que crescia habituada a vê-los ou mesmo a aventurar-se dentro deles.
Esta foto da autoria de Bodine, mostra um peculiar farol denomindado Thomas Point Shoal Light situado na Baía de Chesapeake, Maryland, E.U.A.. Com um primeiro farol construído em torre de pedra em 1825, um segundo seguir-se-ia devido à forte erosão do local em 1838, o qual também teve de ser substituído por alturas de 1875. Nesse ano, o Congresso aprovou a construção de um farol assente sobre estacas, o qual se mostraria também vulnerável ao gelo dos Invernos rigorosos na região. No entanto, com devido reforço, sobrevive ainda hoje e é o mais antigo deste tipo na fundação original nos E.U.A..
bacalhoeiros canadianos-americanos
relatos da lancha poveira "fé em deus"
A Frota Bacalhoeira Portuguesa.
filme Uma Aventura na Pesca do Bacalhau
documentário "A Pesca do Bacalhau" - 4 partes
filme 1952 - n/m "Alan Villiers" - Estaleiros Navais de Viana do Castelo
filme 1956 - n/m "São Jorge", construção e bota-abaixo
filme 1957 - l/m "Oliveirense"
filme 1958 - Bacalhoeiros em Viana do Castelo
filme 1964 - n/m "Novos Mares", chegada à Gafanha
filme 1967 - "Os Solitários Pescadores-dos-Dóris"
filmes 1977 a 1991 - Nos Grandes Bancos da Terra Nova
filme 1981 - "Terra Nova, Mar Velho"
História / Filmes de referência à Pesca do Bacalhau
Confraria Gastronómica do Bacalhau - Ílhavo
Lugre-patacho "Gazela Primeiro"
Lugre "Cruz de Malta" ex-"Laura"
Lugre "Altair" - "Vega" - "Vaz"
Lugre "Estrella do Mar - "Apollo" - "Ernani"
Lugres "Altair" "Espozende" "Andorinha" "S. Paio" "Cabo da Roca"
Lugres "Silvina" "Ernani" "Laura"
Lugres "Sotto Mayor" "São Gabriel"
Lugre-motor "Creoula" - Revista da Armada
Lugre-motor "Santa Maria Manuela" - Renasce
NTM Creoula em St.John´s, Agosto 1998
A Campanha do "Argus" - Alan Villiers
Lugre-motor "Argus" / "Polynesia II"
Lugre-motor "Primeiro Navegante"
Lugre-motor "Santa Maria Manuela"
Lugres-motor "Maria das Flores" "Maria Frederico"
A Inspiração dos Cisnes 1 (Inglês)
A Inspiração dos Cisnes 2 (Inglês)
A Inspiração dos Cisnes 3 (Inglês)
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 1
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 2
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 3
Navio-mãe "Gil Eannes" - Fundação
Navio-motor "Capitão Ferreira"
Navios-motor "Capitão Ferreira" "Santa Maria Madalena" "Inácio Cunha" "Elisabeth" "São Ruy"
Navio-motor "Pedro de Barcelos" ("Labrador" em 1988)
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