«Foi inaugurado em Vila Chã no passado sábado, 21 de Abril, o espaço museológico “Memórias de uma Terra”. Este pequeno núcleo é dedicado à pesca e aos pescadores desta freguesia, e conta com a réplica de uma Catraia de Vila Chã recentemente construída. O acervo é também constituído por uma mostra fotográfica, um conjunto de utensílios de pesca originais, assim como algumas réplicas, e ainda um dóri do bacalhau. Clique aqui para aceder ao panfleto da exposição.»
texto e imagem – blog Opera Associação Cultural.
Finalmente abre ao público este belo espaço sobre Vila Chã e seu passado. Transcrevo o comentário de Albino Gomes sobre esta inauguração, onde é revelado o horário e dias de funcionamento: “No passado Sábado 21 de Abril, teve lugar na freguesia de Vila Chã, a inauguração de um Núcleo de Exposição, essencialmente vocacionado para a divulgação de tão rico património marítimo, daquela freguesia. Segundo nos informaram a abertura é a seguinte: Terça, Quinta e Sábado, da parte de manhã; Domingos estará aberto todo o dia. Visita recomendada, pois merece ser apreciada.»
Núcleo Expositivo “Memórias de uma Terra”
Travessa do Sol
4485-743 -Vila Chã, Vila do Conde.
Telf. 229 285 607
Um pescador provavelmente de Vila Chã, Vila do Conde com a típica nassa da faneca ou “galricho”. Era nesta comunidade que se construíam as conhecidas catraias fanequeiras e Maria Teresa de M. Lino Netto na sua excelente obra dos anos 40 sobre os pescadores locais refere o seguinte:
«Nassa da faneca, é um círculo de ferro, que tem de diâmetro cerca de 1 metro, e ao qual está presa a rede em forma de saco. O círculo é cortado por 4 peças móveis, perpendiculares, às quais se fixa a isca. É fundeado onde se sente a faneca, a qual logo começa a acudir à isca. Puxa-se então de repente por um cabo fixo na junção das peças, que se erguem, ficando o peixe dentro do saco. Não é usado na Bajoca, e em Vila-Chã dão-lhe o nome de galricho.»
Um pescador de Vila do Conde que poderia bem ilustrar os textos de Raúl Brandão, pois a foto é contemporânea dele.
A pequena doca dos pescadores de Vila do Conde, com a inconfundível capela de Nossa Senhora do Socorro, mandada construir em 1599 por Gaspar Manuel, um piloto-mor das carreiras da Índia, China e Japão que custeou as obras e terá sido influenciado pela arquitectura do Oriente. Os típicos barcos tradicionais de pesca da altura, até cerca de 6 metros, aqui revelando toda a sua variedade de cores e tipologias de construção, não faltando à direita um belíssimo barco de Vila Chã. Que bonita era esta Vila do Conde de barcos.
A “Favita”, que aqui deu nome a esta bonita motora vilacondense, é o pequeno lugar junto ao mar, entre a Póvoa de Varzim, Poça da Barca e Caxinas, onde há muito se varavam os barcos à vela, principalmente dos pescadores que aí viviam ou na Poça da Barca. Será por dizer, a orla marítima da Poça da Barca, o local onde sempre vivi.
Capa de uma Ilustração Portugueza com referência a Vila do Conde, mas mais uma vez fico na dúvida. Também existiram algumas bateiras no rio Ave, no entanto a matrícula desta é P, de Porto.
2 e 3 de Novembro - Terça e Quarta-feira
Calafetar
Usei algodão que ainda tinha em reserva. para calafetar usei um ferro de calafate e um martelo. Poderia ter usado um macete. O calafeto veda completamente a embarcação. Para realizar esta operação de calafetar tenho de abrir ligeiramente as juntas das tábuas porque estas ficam muito ajustadas durante a colocação. Antigamente o calafate era o artesão especialista desta tarefa. Principalmente nos grandes estaleiros. No entanto eu sempre calafetei os meus barcos. Assim era também com o meu tio avô Caseiro. Comecei pelo lado esquerdo e no dia 3 fiz o lado direito.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
29 de Outubro - Sexta-feira
Pontaletes e carlinga
Fiz e coloquei os pontaletes - servem para dar mais firmeza aos bancos e também para pregar as panas, de proa e de ré. Coloquei a carlinga (em cima das cavernas 5 e 6 de proa e o enchimento de proa) para servir de apoio ao mastro à proa, e fiz o buraco (a enora) no banco da proa para colocar o mastro.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
28 de Outubro - Quinta-feira
Paneiro e pana de proa
Fiz e coloquei o paneiro de proa e as panas de proa.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
Algumas imagens dos barcos participantes no último Encontro de Embarcações Tradicionais em Vila do Conde, há cerca de semana e meia.
Basta clicar na imagem para ver o album.
Fotos de Fernando Loureiro Ferreira.
27 de Outubro - Quarta-feira
Paneiro e pana de ré
Fiz e coloquei um paneiro de ré e uma pana de ré. O paneiro serve para manter a seco peças com que o mestre está a trabalhar ou que não necessita. Caso contrário ficariam no fundo, fora de mão e a embaraçar.
A pana divide, por exemplo, as artes que se colocam em diferentes quartéis, evitando que se enrasquem umas nas outras.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
25 e 26 de Outubro - Segunda e Terça-feira
Paneirinha e castanholas
Na Segunda-feira risquei e acertei uma paneirinha - peça a colocar por baixo da buçarda de ré, que serve para o mestre colocar peças miúdas, por exmplo uma agulha de consertar redes ou uma navalha.
Risquei também as cinco castanholas que servem para manter o tolete na posição certa. Na Terça-feira coloquei uma paneirinha por baixo da buçarda de ré e coloquei as 5 castanholas feitas no dia anterior. Foram colocadas abaixo das remadouras, entre o costado e a draga de baixo, duas do lado esquerdo, e três do lado direito.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
22 de Outubro - Sexta-feira
Dragas e verdugos
Boleei os verdugos, que neste caso é arredondar a melhor face da tábua.
Os verdugos saem os dois de uma mesma tábua - uma tira curva de 7 cm de largura e 2 cm de espessura. Boleei as dragas nas duas faces. As dragas, por seu lado, vêm de outra tábua mais fina, e ficam com cerca de 1,5 cm de espessura e 5 cm de largura. Comecei a deitar os verdugos da ré para a proa e da esquerda para a direita. As dragas foram também colocadas segundo a mesma lógica.
Os verdugos e as dragas foram serrados com a serra de volta e acabados com a plaina.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
21 de Outubro - Quinta-feira
Talabordos
Risquei e coloquei os talabordos em cima da embarcação. Risquei duas dragas de cima e dois verdugos redondos.
As dragas e os verdugos firmam a embarcação. O conjunto formado pelo talabordo e o verdugo redondo facilita o trabalho das redes na embarcação evitando que se prendam no costado. Também embeleza a embarcação.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
20 de Outubro - Quarta-feira
Gaiva e aperfeiçoamento dos cabeços
A gaiva - que é uma peça no bico da proa para alar o cabo de ancorar a embarcação - foi riscada e colocada no lugar. Os cabeços dos braços e enchimentos, que tinham sido deixados em grosso, e com as quinas vivas, foram aperfeiçoados a formão.
texto e imagens – projecto CCC – Celebração da Cultura Costeira.
bacalhoeiros canadianos-americanos
relatos da lancha poveira "fé em deus"
A Frota Bacalhoeira Portuguesa.
filme Uma Aventura na Pesca do Bacalhau
documentário "A Pesca do Bacalhau" - 4 partes
filme 1952 - n/m "Alan Villiers" - Estaleiros Navais de Viana do Castelo
filme 1956 - n/m "São Jorge", construção e bota-abaixo
filme 1957 - l/m "Oliveirense"
filme 1958 - Bacalhoeiros em Viana do Castelo
filme 1964 - n/m "Novos Mares", chegada à Gafanha
filme 1967 - "Os Solitários Pescadores-dos-Dóris"
filmes 1977 a 1991 - Nos Grandes Bancos da Terra Nova
filme 1981 - "Terra Nova, Mar Velho"
História / Filmes de referência à Pesca do Bacalhau
Confraria Gastronómica do Bacalhau - Ílhavo
Lugre-patacho "Gazela Primeiro"
Lugre "Cruz de Malta" ex-"Laura"
Lugre "Altair" - "Vega" - "Vaz"
Lugre "Estrella do Mar - "Apollo" - "Ernani"
Lugres "Altair" "Espozende" "Andorinha" "S. Paio" "Cabo da Roca"
Lugres "Silvina" "Ernani" "Laura"
Lugres "Sotto Mayor" "São Gabriel"
Lugre-motor "Creoula" - Revista da Armada
Lugre-motor "Santa Maria Manuela" - Renasce
NTM Creoula em St.John´s, Agosto 1998
A Campanha do "Argus" - Alan Villiers
Lugre-motor "Argus" / "Polynesia II"
Lugre-motor "Primeiro Navegante"
Lugre-motor "Santa Maria Manuela"
Lugres-motor "Maria das Flores" "Maria Frederico"
A Inspiração dos Cisnes 1 (Inglês)
A Inspiração dos Cisnes 2 (Inglês)
A Inspiração dos Cisnes 3 (Inglês)
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 1
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 2
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 3
Navio-mãe "Gil Eannes" - Fundação
Navio-motor "Capitão Ferreira"
Navios-motor "Capitão Ferreira" "Santa Maria Madalena" "Inácio Cunha" "Elisabeth" "São Ruy"
Navio-motor "Pedro de Barcelos" ("Labrador" em 1988)
Arrastão "Santa Maria Madalena" 1
Arrastão "Santa Maria Madalena" 2
Arrastão "Leone II" ex-"São Ruy"
Arrastão "Álvaro Martins Homem"
Arrastão "Argus" ex-"Álvaro Martins Homem" 1
Arrastão "Argus" ex-"Álvaro Martins Homem" 2
Arrastão-clássico "Santo André"
Arrastões-popa "Praia da Santa Cruz" "Praia da Comenda"
Arrastão-popa "Inácio Cunha" hoje "Joana Princesa"
Arrastão-popa "Cidade de Aveiro"
Estaleiros de Viana do Castelo
# Quando o "Cutty Sark" foi o português "Ferreira"
# Quando o "Thermopylae" foi o português "Pedro Nunes"
# Quando o "Thomas Stephens" foi o português "Pêro de Alenquer"
# Quando o "Hawaiian Isles"/"Star of Greenland"/"Abraham Rydberg III" foi o português "Foz do Douro"
filmes - Mares e Rios de Portugal.
Catraia Fanequeira de Vila Chã, Vila do Conde
Maria do Mar - Nazaré, anos 30 - 9 partes
Tia Desterra - Póvoa de Varzim - 12 contos
Douro, Faina Fluvial - 1931 - 2 partes
Pescadores da Afurada, anos 60 - 2 partes
Palheiros de Mira - Onde os Bois Lavram o Mar - 1959
Lagoa de Santo André - 3 partes
Douro, Descida do Rio - 2 partes
Algarve, Atum na Costa - 2 partes
Estaleiros Navais de Viana do Castelo - 65 anos
A "Cumpanha".
Modelos de Navios de Prisioneiros de Guerra-POWs Bone Ship Models
A Lancha Poveira - Póvoa de Varzim
Museu Dr. Joaquim Manso - Nazaré
Bate Estacas - Barcos Tradicionais
Indigenous Boats - Barcos Indígenas
Carreteras, oceanos... - Galiza
Embarcações Tradicionais da Ria de Aveiro
COREMA - Associação de Defesa do Património
Singradura da Relinga - Galiza
O Piloto Prático do Douro e Leixões
Olivença é Portuguesa.