A descarga da sardinha na Figueira da Foz dos anos 60-70 do século XX, onde se podem ver inúmeros baús feitos em chapa, onde cada pescador guardava os seus pertences e comida. O meu pai teve alguns iguais, quando andava ao mar.
O Cais da Ribeira de Lisboa e a azáfama das mulheres na organização do peixe. Estas mulheres eram conhecidas por “varinas”, designação abreviada de “ovarina”, que os habitantes de Lisboa deram às mulheres oriundas de Ovar, vindas para a capital a partir da segunda metade do séc. XIX, e que vendiam peixe pelas ruas ou trabalhavam no Cais da Ribeira. O nome foi atribuído também às mulheres provenientes de uma área abrangente a Ovar, próxima daquela povoação litoral e de grande tradição piscatória, como Ílhavo, Aveiro ou a Murtosa.
Foto kodachrome de W. Robert Moore publicada na revista National Geographic nos anos 30, com dois pescadores da Nazaré junto a um dos seus barcos, o do candil.
Um imponente barco varino no rio Tejo em trabalhos de descarga de produtos. Embarcações de linda proa curvada e altiva, terminando porventura no mais belo capelo de todas as embarcações tradicionais de Portugal, capelo esse também visto noutras embarcações da mesma raíz geográfica da Ria de Aveiro, como o Barco do Mar, o Moliceiro ou de volta ao Tejo, o Culé ou Barco d' Água Acima.
Matosinhos de 1967, com as suas mulheres do mar e embarcações do tipo das bateiras, muito usadas até então no auxílio de descarga da sardinha desde as traineiras até ao areal.
Na Nazaré e no Portugal da altura, desde tenra idade que se “tratava de vida”, pois a vida não se construía a crédito e era preciso dominar o modo de sobrevivência local o mais cedo possível. Assim se constituíam famílias, se erguiam casas e se tornavam empreendedores.
«A "seca do peixe" é realizada diariamente por um grupo de peixeiras da Nazaré, num "estindarte" (estendal) localizado na praia, ao Sul. Tradicionalmente, assegurava o sustento das famílias quando o peixe escasseava, mas também permitia conservá-lo para ser vendido nos mercados da região, o que ainda hoje acontece. Antigamente, as peixeiras recorriam a esta prática quando o pescado era em excesso mas, actualmente, realizam-na ao longo de todo o ano, comprando o peixe miúdo directamente na lota ou aos intermediários. Na Nazaré, distinguem-se duas formas de secagem, com preparação e consumo diferente: o peixe seco e o peixe enjoado. Depois de amanhado e salgado, o peixe é “estendido" em paneiros, tabuleiros rectangulares de rede e vigas de madeira, onde permanece cerca de dois a três dias ou apenas três a quatro horas (para o peixe enjoado). As espécies mais utilizadas são o carapau, os batuques ("verdinhos"), a petinga, o cação e ainda o polvo.»
via MATRIZNET
Há quem se admire hoje em dia como antigamente as mulheres carregavam “tudo” à cabeça, fosse peixe, batatas ou uma garrafa de gás! Aqui os cestos vão vazios, mas por certo voltariam à cabeça quando cheios. Outros tempos, outra têmpera.
Uma imagem muito antiga de Buarcos, onde se podem ver três das suas embarcações de pesca da altura, todas elas bem distintas. Da esquerda para a direita, um batel do alto belamente ornamentado, uma bateira em grande plano, e o que parece ser um barco do tipo poveiro ao fundo à direita.
Numa revista, um anúncio publicitário de 1962, captava a praia da Nazaré e alguns dos seus pescadores. O mote era uma das revoluções da altura na área dos têxteis, as fibras sintéticas. Neste caso tratava-se da Acrilan, da corporação norte-americana Monsanto e as camisolas de alguns pescadores começavam a ser feitas nesse material, pelo menos na Nazaré. É possível ver outros anúncios do mesmo estilo aqui.
Foto kodachrome de W. Robert Moore publicada na revista National Geographic nos anos 30, com a inconfundível Nazaré, os seus barcos de menor porte e o descanso dos guerreiros.
Uma imagem bastante rara que nos permite ver barcos de pesca tradicionais da ilha da Madeira. Infelizmente conheço pouco ou nada sobre eles escrito ou publicado, o que é pena, pois são de uma tipologia bem diferente dos barcos do continente.
bacalhoeiros canadianos-americanos
relatos da lancha poveira "fé em deus"
A Frota Bacalhoeira Portuguesa.
filme Uma Aventura na Pesca do Bacalhau
documentário "A Pesca do Bacalhau" - 4 partes
filme 1952 - n/m "Alan Villiers" - Estaleiros Navais de Viana do Castelo
filme 1956 - n/m "São Jorge", construção e bota-abaixo
filme 1957 - l/m "Oliveirense"
filme 1958 - Bacalhoeiros em Viana do Castelo
filme 1964 - n/m "Novos Mares", chegada à Gafanha
filme 1967 - "Os Solitários Pescadores-dos-Dóris"
filmes 1977 a 1991 - Nos Grandes Bancos da Terra Nova
filme 1981 - "Terra Nova, Mar Velho"
História / Filmes de referência à Pesca do Bacalhau
Confraria Gastronómica do Bacalhau - Ílhavo
Lugre-patacho "Gazela Primeiro"
Lugre "Cruz de Malta" ex-"Laura"
Lugre "Altair" - "Vega" - "Vaz"
Lugre "Estrella do Mar - "Apollo" - "Ernani"
Lugres "Altair" "Espozende" "Andorinha" "S. Paio" "Cabo da Roca"
Lugres "Silvina" "Ernani" "Laura"
Lugres "Sotto Mayor" "São Gabriel"
Lugre-motor "Creoula" - Revista da Armada
Lugre-motor "Santa Maria Manuela" - Renasce
NTM Creoula em St.John´s, Agosto 1998
A Campanha do "Argus" - Alan Villiers
Lugre-motor "Argus" / "Polynesia II"
Lugre-motor "Primeiro Navegante"
Lugre-motor "Santa Maria Manuela"
Lugres-motor "Maria das Flores" "Maria Frederico"
A Inspiração dos Cisnes 1 (Inglês)
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A Inspiração dos Cisnes 3 (Inglês)
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 1
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 2
Navio-mãe "Gil Eannes" - 1959-71 Capitão Mário C. F. Esteves 3
Navio-mãe "Gil Eannes" - Fundação
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